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Show de Denver 2007 – Vitrine do Museu de Los Angeles, Parte 5

Neste quinto capítulo da reportagem sobre o Show de Minerais de Denver, vamos mostrar mais duas curiosidades sobre um dos minerais mais abundantes no Brasil – o quartzo.

O Museu de História Natural de Los Angeles apresentou mais essas duas interessantes histórias:

QUARTZO FUMÊ – Lavra da Golconda, Coroaci, Minas Gerais

O quartzo adquire a cor fumê através de seu bombardeamento por radioatividade natural, normalmente isto se dá de forma homogênea mas em alguns raros casos, como neste cristal de 8 x 5 cm, exibe marchas mais escuras espalhadas internamente próximo à superfície do cristal ( no título a Lavra da Golconda está erradamente descrita como sendo em Coroaci, ela na realidade se situa no município de Governador Valadares )

Tradução do Texto – Quartzo adquire a cor fumê como resultado de uma exposição prolongada a radiatividade natural. Manchas marrons mais escuras, pontuais ( ou halos ) em cristais de quartzo são tipicamente causadas por minúsculos cristais de minerais radioativos tanto inclusos dentro do cristal ou crescendo em sua superfície. Este cristal “manchado” é atípico devido à quantidade e à distribuição relativamente uniforme desses “halos” um pouco abaixo da superfície do cristal. Embora nenhum desses cristais radiativos fonte tenham permanecido ( “sobrevivido” ), é provável que eles tenham se depositado na superfície do quartzo e lá tenham permanecido por milhões de anos.

HEMATITA no QUARTZO – Espírito Santo

É uma seção polida longitudinalmente cortada de um cristal de quartzo, medindo 6 x 3 cm; este material é freqüentemente ( e erroneamente ) chamado de “cacoxenita”; este mineral ( um fosfato de ferro e alumínio ), nunca foi até hoje encontrado dentro do quartzo, o que é atestado no excelente livro “Inclusions in Quartz”, de Jaroslav Hyrsl e Gerhard Niedermayr, cuja leitura recomendamos para todos os que se interessam pelo assunto.


Tradução do Texto – As “ripas” vermelho intensas, orientadas quase que perpendiculares às faces externas deste cristal de quartzo são cristais alongados de hematita que se nuclearam a partir da superfície do quartzo assim que ele começou a crescer. À medida que o quartzo começou a se desenvolver externamente a partir de seu núcleo o mesmo aconteceu com os cristais de hematita, competindo por nutrientes ( átomos ) e por espaço na interface entre o cristal de quartzo e a solução líquida que o recobria.

Em breve, mais novidades apresentadas no show.