Feira de Tucson

Olá a todos.

Nosso escritório estará fechado de 18 de janeiro a 24 de fevereiro.
Já estamos todos aqui nos EUA para participar da feira de Tucson, Arizona.

Com certeza, voltaremos com muitas novidades. Aguardem…

Grande abraço a todos e até a volta!!

Atualização: Já voltamos e estamos funcionando a todo vapor!

Identificações erradas e fraudes – capítulo 3

Uma fraude clássica é a colagem de cristais de diamante e/ou de pequenos grãos de ouro no conglomerado, que são vendidas para colecionadores incautos ou para turistas como sendo peças naturais. Abaixo temos um exemplo típico – a primeira foto mostra a peça inteira, e as demais as montagens em detalhe. Ao clicar nas fotos, elas poderão ser visualizadas em tamanho maior.

diamante 001 detalhes

Conglomerado com ouro e diamante colado

diamante 001a detalhe

Detalhe do diamante colado

Ouro colado

Ouro colado em destaque

Tanto o diamante como o ouro são encontrados naturalmente nos conglomerados na região da Serra do Espinhaço e adjacências, que se estende do centro ao norte de Minas Gerais. São rochas metamórficas muito antigas, com mais de 1 bilhão de anos de idade, que contêm o resultado da erosão de rochas pré-existentes, inclusive kimberlitos, gerando rochas sedimentares que continham os diamantes, essas rochas desceram na crosta terrestre, e por ação de alta pressão e temperatura se transformaram em rochas metamórficas (quartzitos e meta-conglomerados); essas camadas voltaram posteriormente a se elevar, chegaram de volta à superfície e  foram então novamente erodidas, liberando os diamantes e o ouro (que não se originou em kimberlitos mas em outras rochas que sofreram o mesmo processo de erosão, transporte e metamorfização), gerando os ricos depósitos aluvionares que foram descobertos e intensivamente explorados nos séculos XVII e XVIII.  Na foto abaixo vemos uma excelente amostra  de diamante – um cristal natural, com ótima transparência.

Diamante - cristal natural

Cristal perfeito de diamante

É, portanto, possível encontrar grãos de ouro e/ou de diamante dentro dos conglomerados, mas devido ao colossal volume dessas rochas a chance de se encontrar a olho nu uma dessas amostras mineralizadas é extremamente baixa. Em nenhum garimpo nem em nenhuma mina industrial se tenta ver um ouro ou diamante na matriz, nos garimpos não se desagrega o conglomerado mas sim é processada rocha naturalmente desagregada, e nenhuma amostra é manuseada, o material é concentrado em bateias ou em “jigues” e o ouro e o diamante são concentrados gravimetricamente, os grãos que estiverem dentro do conglomerado vão ser certamente descartados junto com o rejeito da mina. Alguém pode até encontrar uma amostra nesses rejeitos, mas a chance é tão pequena que essas amostras legítimas deveriam ser extremamente raras.

Conglomerado com diamante colado

Conglomerado com diamante colado

Mas não é isso que acontece, existem em Diamantina e outras cidades da região verdadeiras linhas de montagem de ouro e diamantes nos conglomerados; alguns “artistas” (do mal!) colocam algumas vezes dois ou até mais cristais de diamante num mesmo conglomerado, ou então um cristal de diamante e ou grão de ouro, o que seria uma quase impossibilidade estatística de ser encontrado naturalmente. São peças, na minha opinião, desprovidas de qualquer valor, e não merecem pertencer a coleções de minerais sérias.

Diamante colado em conglomerado

Diamante colado em conglomerado

No último show de Tucson um comerciante americano tinha uma mesa cheia dessas amostras, com certeza (devido à quantidade) todas são fraudadas; um comerciante de Governador Valadares também adquiriu há poucos meses várias dezenas de peças, certamente também nenhuma é legítima.

Prezado assinante, caso você tenha uma peça dessas na sua coleção pode ter certeza de que ela deve ter sido montada. Recomendamos que ninguém compre esse tipo de material.

Loja virtual – Água-marinha na turmalina preta da Namíbia

Olá a todos.

Eis aqui as principais peças do lote de águas-marinhas da Namíbia das quais falamos no artigo recentemente publicado.

Para adquirí-las, basta mandar uma mensagem pelo nosso formulário de contato mencionando o código da pedra, sem esquecer de colocar também o endereço para que possamos calcular o custo de remessa.

Cada seção da escala que aparece nas fotos corresponde a 1 cm.

Vamos às pedras:

Água Marinha nb 01 Água Marinha nb 02 Água Marinha nb 04

nb 01 –vendida                  nb 02 – vendida                nb 04 – R$ 110,00

agua marinha nb 06 agua marinha nb 07

nb 05 – vendida                  nb 06 – R$ 70                       nb 07 – R$ 80

agua marinha nb 08 agua marinha nb 09 agua marinha nb 10

nb 08 – R$ 90                        nb 09 – R$ 70                      nb 10 – vendida

agua marinha nb 11 agua marinha nb 12 agua marinha nb 13

nb 11 – vendida                   nb 12 vendida                 nb 13 R$ 40

agua marinha nb 14 agua marinha nb 19 agua marinha nb 21

nb 14 vendida                      nb 19 – vendida                   nb 21 – vendida

Mais uma vez,  quem tiver interesse em adquirí-las é só usar nosso formulário de contato

Abraço

Água-marinha na turmalina preta de Erongo, Namíbia

A mina de Erongo, na Namíbia, é um pegmatito famoso pela produção de águas-marinhas, turmalinas pretas (schorl), fluoritas (verdes e roxas), quartzos enfumaçados e do raríssimo mineral jeremejevita.

Água-marinha na turmalina preta

Produção recente

No último show de Munich, realizado entre 30/10 e 1/11, vários comerciantes estavam oferecendo belas amostras de água-marinha incrustadas em grupos de cristais de schorl encontrados recentemente em Erongo; o lote deve ter sido bem grande pois hava muitas centenas de amostras à venda, muitas a preços surpreendentemente acessíveis, o que nos permitiu adquirir várias e colocá-las aqui à venda, no que consideramos seja uma boa oportunidade para os prezados clientes.

Água-marinha na turmalina preta

Os cristais de turmalina preta são finos e longos e estão agrupados ao longo dos eixos dos prismas, formando grupos que são mais finos na base e se alargam na direção da terminação, e sobre eles estão incrustados os cristais prismáticos, finos e longos, de água-marinha de cor azul clara, bom brilho e terminação plana (pinacóide basal).

Água-marinha na turmalina preta

Turmalinas pretas

Embora este pegmatito não produza quantidades expressivas de águas-marinhas com valor gemológico, os cristais são muito apreciados pelos colecionadores devido ao fato de estarem frequentemente incrustados em matriz de quartzo enfumaçado, de albita e de schorl. As turmalinas pretas muitas vezes exibem um extraordinário zoneamento interno de cores, que só pode ser observado quando os cristais são serrados em seções finíssimas, perpendiculares ao eixo do prisma, quando então podem ser observadas zonas internas, com contornos geométricos, de cores azuis, roxas, verdes, marrons, laranja e amarelas, e que vão variando em seções consecutivas cortadas a partir do mesmo cristal. Sim, as fotos abaixo são seções de turmalinas pretas!!

seção de turmalinas pretas

Seção de turmalina - Madagascar

Seções tranversais de turmalinas pretas

Jeremejevita

Finalmente, a jeremejevita é um flúor-borato de alumínio, hexagonal, que em Erongo ocorre sob a forma de belos cristais finos e longos (normalmente muito pequenos) de cor azul; para que se interessa por raridades temos também 3 amostras de jeremejevita (muito pequenas) para venda.

jeremejevita


Mais uma vez gostaríamos de indicar o site mindat.org para aqueles que gostariam de mais infirmações sobre os minerais citados. Lá existem fotos de amostras muito bonitas de jeremejevita, entre outras informações relevantes.

Abraço e até a próxima!!

Creedita

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